Em artigo no site do The New Republic (www.tnr.com/politics) Naresh Fernandes, editor do Time Out Mumbai e cristão, comenta que a história milenar dos judeus na Índia comprova a liberdade de todas as religiões no país, Os judeus indianos, que têm bastante proeminência em Mumbai, onde ocorreram os recentes atentados, nunca sofreram perseguições. Entre eles estão os Bene Israel, que acreditam descender das vítimas de um naufrágio ao sul de Mumbai, em 175 a.C. Fiéis seguidores dos preceitos religiosos, eles falam uma das línguas indianas, o marahati, as mulheres usam saris, sua dieta é à base de arroz e curry. Em Mumbai, têm uma sinagoga construída em 1796. A comunidade Bene Israel produziu vários atores de Bollywood, músicos, políticos e um de seus membros mais conhecidos foi o poeta Nissim Ezekiel.
Segundo Naresh, havia cerca de 25 mil judeus na Índia em 1947, ano da independência, e o número caiu para 5.271 in 1991, devido à aliá. Os que ficaram, diz ele, estão perfeitamente inseridos na sociedade local e têm uma relação ambígua com Israel. E, quer sejam liberais, quer sejam ultra-ortodoxos, não se identificam de maneira nenhuma com os milhares de jovens mochileiros israelenses que anualmente viajam ao país depois do serviço militar e percorrem das praias de Goa às cidadezinhas no sopé do Himalaia (onde uma das atrações é a facilidade de adquirir drogas a preço baixo).