4.7.10

Israelenses desaprovam ultra-ortodoxos

Uma pesquisa de opinião pública divulgada pelo jornal Jerusalem Post em 02.07. mostra que 58% dos israelenses apoiam um governo de coalizão nacional que inclua o Kadima, mas não os partidos ultra-religiosos, que nas últimas semanas estiveram no centro de questões legais e levaram milhares de pessoas às ruas em protesto.

Entre os entrevistados, 95% dos que se declaram seculares e 62% dos ortodoxos moderados desaprovaram os haredim (ultra-ortodoxos). Segundo a pesquisa, 83% dos israelenses judeus consideram injusta a luta dos pais ashkenazim ultra-ortodoxos para separar suas filhas das meninas sefaradim na escola Emmanuel, um caso que provocou polêmica. Ademais, 75% da população apóia a decisão da Suprema Corte de extinguir, do orçamento de 2011, o financiamento para alunos de yeshivot casados. A Suprema Corte determinou que o financiamento público dos religiosos configura uma discriminação, já que esse tipo de pagamento não é feito aos alunos de universidades.

"Os israelenses não estão mais dispostos a aceitar a venda do sionismo e do futuro de Israel aos partidos haredim através de acordos políticos dúbios. Está na hora do Primeiro-Ministro Netanyahu ouvir o clamor popular e estabelecer um governo de unidade nacional capaz de fazer emergir uma revolução civil extremamente necessária", disse o rabino Uri Regev, diretor da Hiddush – Pela Liberdade Religiosa e a Igualdade em Israel. "Esse é um momento de emergência. O caráter democrático e sionista de Israel está sob ataque. Netanyahu tem que dizer aos partidos haredim:  Basta!".

A pesquisa foi feita em 27 e 28 de junho.