25.9.08

Os dez judeus de Andy Warhol




Quase 28 anos depois de exibidos pela primeira vez, os “Judeus de Warhol: Dez Retratos Revisitados” ["Warhol's Jews: Ten Portraits Reconsidered] foram motivo de uma exposição em Nova York no primeiro semestre do ano e serão vistos a partir de 12 de outubro no Contemporary Jewish Museum de São Francisco, inteiramente remodelado. A incursão do “Papa do pop” na cultura judaica resultou em obras sobre fotografias de Golda Meir, Albert Einstein, Sigmund Freud, George Gershwin, Franz Kafka, Gertrude Stein, Sarah Bernhardt, Louis Brandeis, Martin Buber e os irmãos Marx. O processo de criação do artista começava com uma imagem do rosto do retratado, sobre a qual ele desenhava os contornos e depois colava a imagem escolhida sobre a original, usando camadas de acetato em cima das quais era feita a pintura.

Quando os “Dez Retratos” foram exibidos pela primeira vez, Andy Warhol era o mais famoso artista vivo dos EUA, queridinho das celebridades, e considerado pelos críticos como obcecado por dinheiro. Houve quem menosprezasse a importância dessa série, sob o argumento de que seu objetivo era apenas o de explorar o orgulho cultural judaico e usou-se muito a expressão “Jewploitation” para referir-se a ela.

O curador da atual exposição, Richard Meyer, conta que Warhol foi motivado a fazer os retratos depois que o Museu de Israel, em Jerusalém, encomendou a ele, na década de 1970, um retrato de Golda Meir, financiado pelo mecenas Sydney Lewis. Na ocasião, o artista ficou amigo de um dono de galeria de Nova York, Ronald Feldman, que lhe sugeriu uma série de dez retratos de judeus importantes do século XX. Várias instituições judaicas norte-americanas exibiram a série desde então.