Um dos maiores mestres literários da história do povo judeu, Scholem Aleichem (1859-1916), terá seus 150 anos lembrados no Museu Judaico no próximo dia 16, a partir das 18 horas, em programa duplo: conferência do professor Henrique Rzezinski e apresentação de contos pelo ator Leo Wainer.
O escritor é um fenômeno – fez e faz sucesso de público e crítica e continua aclamado e traduzido para dezenas de idiomas. Depois de séculos de tristeza e suspiros, Scholem Aleichem trouxe o riso e o humor à literatura em língua idish. É um riso ao qual não faltam lágrimas, e cujo herói mais importante e vigoroso é o coletivo, repleto de figuras emblemáticas como a de Tevie, o leiteiro, que trabalha, sofre, teme as alterações à tradição, discute com Deus...e se tornou um símbolo mundialmente conhecido graças ao musical da Broadway O Violinista no Telhado.
Os funerais de Scholem Aleichem, em 15 de maio de 1916, levaram milhares de pessoas às ruas de Nova York. Na sua lápide no cemitério de Cypress Hills, Queens, o epitáfio termina assim (tradução livre):
No seu testamento de dez pontos, o primeiro dizia:
O escritor é um fenômeno – fez e faz sucesso de público e crítica e continua aclamado e traduzido para dezenas de idiomas. Depois de séculos de tristeza e suspiros, Scholem Aleichem trouxe o riso e o humor à literatura em língua idish. É um riso ao qual não faltam lágrimas, e cujo herói mais importante e vigoroso é o coletivo, repleto de figuras emblemáticas como a de Tevie, o leiteiro, que trabalha, sofre, teme as alterações à tradição, discute com Deus...e se tornou um símbolo mundialmente conhecido graças ao musical da Broadway O Violinista no Telhado.
Os funerais de Scholem Aleichem, em 15 de maio de 1916, levaram milhares de pessoas às ruas de Nova York. Na sua lápide no cemitério de Cypress Hills, Queens, o epitáfio termina assim (tradução livre):
“E enquanto o público/ria, se esbaldava e pulava de alegria/ele sofria – e isso só Deus sabe --/em segredo, para que ninguém visse.
(Un davke demolt ven der oylem hot
gelakht, geklatsht, un fleg zikh freyen,
hot er gekrenkt — dos veys nor got —
besod, az keyner zol nit zeyen.)
No seu testamento de dez pontos, o primeiro dizia:
"Onde quer que eu morra, não me deixem ser sepultado entre os aristocratas, os bem de vida, os ricos, mas sim entre a gente comum, os trabalhadores, o verdadeiro povo judeu, para que a lápide do meu túmulo honre os túmulos simples ao meu redor, e os túmulos simples honrem o meu, da mesma forma que a gente simples e honesta honrou, durante minha vida, o seu escritor”.