


Em 1943, dois anos depois do início da resistência, havia na floresta mais de mil pessoas, inclusive crianças, mulheres, velhos e doentes. Bem armados, os irmãos Bielski patrocinavam incursões contra as tropas nazistas a partir da comunidade que construíram do zero e que logo passou a funcionar com escola, clínica, tribunal e sinagoga, além de oficinas de reparos. Quando o comandante soviético da região sugeriu, diante do avanço alemão, que Bielski dividisse a comunidade entre militares e civis, para que os incapazes de lutar não prejudicassem as chances de sobrevivência dos demais, ele rejeitou a sugestão e penetrou mais ainda na floresta. Ao final da guerra na Bielorrrúsia, no verão de 1944, mais de 1.200 homens, mulheres e crianças saíram da floresta e entraram marchando em Nowogrodek, onde há hoje um memorial em homenagem aos judeus locais mortos durante a invasão nazista. Em 1945, Tuvia foi para a Palestina; em 1956, emigrou com a mulher e os filhos para os Estados Unidos, onde morreu aos 81 anos.
A história do heroísmo dos irmãos Bielski foi contada em detalhes por Jack Kagan e Dov Cohen no livro "Surviving the Holocaust with the Russian Jewish Partisans".