8.11.10

Mulheres no Muro

Mais de cem mulheres de reuniram hoje no Kotel, o Muro das Lamentações, para o Rosh Chodesh, primeiro dia do mês de Kislev. E dessa vez não houve violência, ao contrário do ano passado, quando a ativista Nofrat Frenkel foi presa e objetos foram atirados contra o grupo. Mas muita gente ao redor dirigiu impropérios às mulheres, protegidas pela polícia.


As autoridades religiosas que controlam o Muro não querem que haja ali orações feitas por grupos mistos, cerimônias de Bat Mitzvah e cerimônias nacionais. Agora, mais de 400 rabinos de vários países assinaram uma petição exigindo que a polícia de Jerusalém proteja as mulheres que querem rezar e ler a Tora juntas no local. A mulher presa ano passado é membro do grupo Women of the Wall [Mulheres do Muro], que defende os direitos das mulheres usarem xales de orações e lerem a Tora ali.

“As Mulheres do Muro são bem-vindas, como toda mulher judia, ao Muro”, disse o rabino-chefe do Kotel, Shmuel Rabinovich, ao jornal Jerusalem Post. “É proibido que qualquer pessoa as machuque, a violência é totalmente proibida no Muro. Mas eu peço que elas se comportem de acordo com os costumes da área e que não insultem a sensibilidade das outras pessoas que estão rezando”.

Já a organizadora da carta, a rabina Pámela Frydman, de Los Angeles, disse o seguinte:

“É muito importante que sempre haja um lugar para que os homens e mulheres haredim fiquem confortáveis e de acordo com seu entendimento do que é a Halachá. Mas é igualmente importante para aqueles de nós que são ortodoxos modernos, conservadores, reformistas, reconstrucionistas e renovadores, que tenhamos um lugar onde possamos rezar de acordo com o nosso entendimento”.